24 de novembro de 2011

Encontros multissensoriais de Novembro no Museu de Arte Moderna (RJ)



No dia 26 de Novembro, Sábado, às 15h00, será realizado mais um Encontro Multissensorial no MAM. Este mês, o tema é “Corpo e equilíbrio”. Mais informações aqui.

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18 de novembro de 2011

Primeiro guia multimédia acessível para pessoas com deficiência



O Ministerio de Saúde, Política Social e Igualdade e o Ministério da Cultura de Espanha apresentaram o primeiro guia multimédia de museus acessível para pessoas com deficiência. Leia a notícia aqui.


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14 de novembro de 2011

Autismo e amor numa peça de teatro



A peça On the Spectrum, apresentada no Mixed Blood Theatre em Minneapolis (EUA), fala do amor entre dois jovens autistas. A sessão de dia 22 de Novembro será transmitida ao vivo via internet. Mais informações aqui.

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11 de novembro de 2011

O acesso dos deficientes visuais à informação e à cultura



Foi no passado dia 12 de Outubro que o Serviço de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Municipal de Coimbra organizou a Conferência “Tocar, Ouvir, Sentir – O Acesso dos Deficientes Visuais à Informação e à Cultura”, que contou com casa cheia e uma interacção com a plateia muito interessante.

Começando com a envolvente comunicação da Professora Josélia Neves (investigadora e docente do Instituto Politécnico de Leiria) sobre as novas formas das pessoas deficientes visuais terem acesso à cultura nas suas diversas formas, nomeadamente, a áudio-descrição nas peças de teatro, nos espectáculos de música, nos filmes, nos museus, nas exposições de pintura (técnica do “sound painting”) e de escultura. A Professora Josélia partilhou ainda com a audiência algumas peças em relevo (réplicas em miniatura) construídas propositadamente para serem tocadas e apreciadas de perto apelando aos sentidos para pormenores que não detectamos nas peças originais (como o caso da estátua do Anjo de Portugal ou da Paz em Fátima).

Face ao aparecimento e ao sucesso dos Tablets o crescimento dos eBooks no mercado livreiro é um facto, no entanto, em Portugal este formato está longe da oferta existente noutros países, nomeadamente nos Estados Unidos da América. Foi sobre este tema que o Coordenador do Programa Acesso da UMIC apresentou uma panorâmica da situação actual.

Na América do Norte, em Fevereiro deste ano a venda de eBooks suplantou pela primeira vez a venda de todos os outros formatos tradicionais. Com um crescimento anual na ordem dos 200%, e com tendência para manter ou mesmo aumentar, não só nos países anglo-saxónicos, onde a oferta de títulos é maior, mas também nos mercados que ainda estão a dar os primeiros passos nesta revolução – caso de Portugal, onde a aposta por parte dos grandes grupos editoriais ainda é diminuta.

Foram analisados 3 Livreiros/Editoras Portugueses: a Leya, a Bertrand e a Porto Editora. No início de 2011, a oferta da Leya era, tendo por base o sítio Web da TVI, cerca de 200 títulos. Em Outubro, por análise do catálogo online (http://www.mediabooks.com/), contam-se 845 eBooks disponíveis, ou seja 4 vezes mais. Se observarmos o catálogo online da Bertrand (http://www.bertrand.pt/) constata-se que a oferta de eBooks não chega aos 150 títulos.

Pegando apenas na categoria Romance, aquela que tem maior número de títulos disponíveis em formato eBook, é possível constatar que o Grupo Leya disponibiliza cerca de 11% dos títulos desta categoria em formato eBook (165/1552), enquanto que a Bertrand se fica pelos 0,2% (30/12.167). Contudo, é notório que o negócio da Bertrand online é ainda uma aposta forte no livro impresso, pois tem uma oferta, na categoria Romance, quase 10 vezes superior ao Grupo Leya, ou seja 12.167 títulos contra 1.550.

A Porto Editora está também presente online com a sua loja Wook (http://www.wook.pt/) e a oferta de títulos é em tudo semelhante à existente no sítio Web da Bertrand.

Para além da escassa oferta, também as aplicações, por exemplo da imprensa escrita, deixam a desejar em termos de acessibilidade (ver estudo Os Media Portugueses na Internet).

Na conferência ficou bem patente a enorme potencialidade das novas tecnologias, nomeadamente das base de dados existentes on-line e das obras disponíveis em formatos acessíveis a utilizadores deficientes visuais, no caso da Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) para os estudantes com necessidades especiais com acervo de mais de 3.000 títulos em Braille, áudio e texto integral digital. No caso da Biblioteca Sonora da Biblioteca Pública do Município do Porto com mais de 6.000 registos em Braille, áudio e dos quais 500 são em texto integral digital (sendo a passagem do repositório existente em áudio para o formato digital um processo moroso e dispendioso). Salientou-se a preocupação da partilha de informação, entre os serviços produtores, relativamente aos títulos em Braille, áudio e texto integral digital de forma a não se produzirem as mesmas obras e rentabilizar tempo e custo em títulos inéditos nestes formatos.

Uma ferramenta importante e útil para esta prática pode eventualmente passar pelo Registo Nacional de Objectos Digitais (RNOD) gerido pela Biblioteca Nacional.

Foi apresentado o conceito da Tradução Intersemiótica que se baseia em traduzir a visão com outros sentidos.

Abordou-se a questão da leitura e interpretação dos áudio-livros, com o testemunho de leitores locutores que partilharam a sua experiência, nomeadamente no âmbito do Projecto “Livros para os Sentidos, Sentido para os Livros” da Biblioteca Municipal de Coimbra, financiado pela Fundação Gulbenkian e com a participação de locutores voluntários.

Aprofundou-se o tema da adaptação de livros, e foram apresentados exemplos como O Livro Negro das Cores da Bruaá Editora ou a Les Doigts Qui Rêvent que adaptam livros exclusivamente para crianças com deficiência visual.

Testemunhou-se o quão rápido pode ser a leitura em Braille, através de técnicas usadas por uma utilizadora e ex-professora do ensino especial, cega, com uma vasta experiência no método considerado por muitos em desuso nos dias que correm.

A palestra terminou com a visualização do vídeo Out of Sight, que nos mostra uma menina cega descobrindo o seu mundo e a forma como é apreendido pelos outros sentidos que não a visão.

Em jeito de conclusão, hoje em dia o acesso à informação, à cultura e à aquisição de conhecimentos por parte dos deficientes visuais é feito de forma mais facilitada, comparativamente com uma década atrás. Porém, a situação actual ainda não é a desejada, sobretudo por falta de conteúdos adaptados ao nível comercial, que embora nos façam crer que a razão principal são os custos elevados, conclui-se que se trata de uma falta de estratégia num potencial mercado.

Fonte: Programa Acesso da UMIC

(enviado via Rede Solidária) 
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7 de novembro de 2011

GAM no Programa CONSIGO da RTP 2




Já está disponível online para quem não viu a reportagem do programa"Consigo" que passou na RTP2 sobre o 6º Seminário do GAM realizado no passado dia 17 de Outubro na Fundação das Comunicações. Para ver clique aqui.

(mfr)

4 de novembro de 2011

"Flores para mim", no Teatro Meridional



Estreia hoje no Teatro Meridional a peça de Abel Neves Flores para mim, um trabalho sobre a imperfeição da condição humana, que apresenta os nossos defeitos como deficiências (leia notícia aqui).

A peça estará em palco até 11 de Dezembro.

(enviado por Clara Mineiro)

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Encontro "Ouvir a arte e a cultura"


No dia 22 de Novembro, a Associação Íris Inclusiva promove, na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, o Encontro Ouvir a arte e a cultura – A audiodescrição na construção de produtos inclusivos, a realizar no âmbito de um projecto já em curso, financiado pelo INR, I.P. Subprograma para Todos (consltar o programa aqui).



De uma forma muito geral, a audiodescrição visa permitir o acesso da pessoa cega e com baixa visão a diferentes formas de expressão artística e cultural, contribuindo assim para a sua plena inclusão cultural, comunitária e social, em igualdade de circunstâncias com os demais cidadãos.


A iniciativa, desenvolvida em parceria com o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT – Ouço, logo vejo, da Companhia de Actores (Oeiras), com o Teatro O Cão Danado (Braga) e com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, pretende dar a conhecer o recurso e contribuir para a construção de práticas mais inclusivas pelos diversos agentes culturais (associações, municípios, museus, estruturas ligadas às artes performativas, etc.), com especial enfoque naqueles que actuam no distrito de Viana do Castelo, por ser este o território de actuação da Associação promotora.


Ao longo do Encontro, os participantes terão oportunidade de percepcionar de que forma o serviço de audiodescrição pode ser integrado em dois produtos artístico-culturais distintos: uma exposição de fotografia e uma performance, que virão por certo enriquecer e complementar a intervenção dos vários convidados que farão do espaço que acolhe o evento um lugar essencialmente de partilha e de construção.


A inscrição no Encontro é gratuita, embora sujeita à disponibilidade da sala, e pode ser efectuada no website da Associação, através do e-mail geral@irisinclusiva.pt ou do telemóvel 962 697 074. No acto de inscrição, e caso o participante assim o deseje, deve ser indicada a necessidade de impressão do material do evento em Braille.

(notícia enviada por Susana Zuzarte)

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3 de novembro de 2011

Museu Municipal de Faro: novo membro institucional do GAM



O GAM dá as boas-vindas a um novo membro institucional, o Museu Municipal de Faro, e é com prazer que divulga aqui a newsletter deste museu para o mês de Novembro.

2 de novembro de 2011

Preencha Esta Vida: uma iniciativa da Associação Salvador



Preencha Esta Vida é uma iniciativa da Associação Salvador que apoia a angariação de fundos para o financiamento de projectos que se candidataram à Acção Qualidade de Vida 2011. Os projectos apresentados no site Preencha Esta Vida foram seleccionados por um júri da Associação Salvador.

(informação enviada por Clara Mineiro)

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Entrevista com a escritora Sally Gardner: A dislexia não é uma doença



A escritora inglesa Sally Gardner escreve e ilustra histórias para crianças. Sofre de dislexia e só aprendeu a ler aos 14 anos. Leia aqui a sua entrevista ao jornal The Telegraph.

1 de novembro de 2011

"O Mundo dos Dinossauros": No mínimo, medíocre; no máximo, uma burla!

Por Marta Ornelas

Levei o meu filho de 4 anos à exposição O Mundo dos Dinossauros, patente na Cordoaria Nacional, em Lisboa, no passado Sábado. Não consegui informar-me bem sobre o conteúdo da exposição porque o que está disponível nos media resume-se ao básico. Ainda assim, fomos porque o tema é bastante apelativo para as crianças, e havia réplicas à escala real. Além disso, tinha apoio institucional dos CTT, da RTP, do Museu de Marinha, do Diário de Notícias, da Câmara de Lisboa, entre outros, o que à partida deveria ser garantia de qualidade. Estranhamente, é difícil pelos cartazes perceber quem organiza a exposição, o que causa desconfiança.

Ao entrarmos, fico com a ideia de que tudo tem um ar pouco profissional e nada, mas mesmo nada, científico. E vou percebendo que o objectivo é apenas fazer dinheiro. Explico:

- um filme 5D (uau!) perfeitamente despropositado, antiquíssimo e sem qualquer objectivo pedagógico;

- mais 2 filmes (importa ter as crianças ocupadas, caladinhas);

- sinalética deficiente ou inexistente;

- luzes fundidas que não permitem ler informação exposta;

- placards informativos com extrema falta de qualidade gráfica que os torna ilegíveis (letras muito pequenas em textos muito longos e letras escuras em fundo escuro!!!);

- termos científicos duvidosos, como 'terópodo' em vez de 'terópode' (que se usa em castelhano e em português do Brasil);

- degraus não assinalados em chão escuro (para as crianças caírem);

- fios tapados com alcatifa que já está solta (para tropeçar não há melhor);

- cada legenda com o seu formato, quer graficamente quer "cientificamente";

- falta de algumas legendas (o que não permite satisfazer a curiosidade das crianças);

- legendas apenas com a designação em latim (não conseguimos perceber do que se trata);

- vitrines sem condições de segurança (três crianças entre os 3 e os 5 anos quase fizeram cair uma sem querer);

- as cenografias são pobres, as réplicas dos dinossauros são básicas (algumas sem qualquer qualidade técnica) apenas acenam o pescoço ou abrem a boca, o que é manifestamente fraco, comparando com as ofertas que há hoje no mercado em termos de dinossauros robotizados;

- os ateliês de paleontologia (uau!) propõem duas actividades: destapar a areia com um pincel até descobrir alguma coisa (que não se sabe o que é porque não há ninguém para explicar) e pintar um dinossauro fotocopiado em folha A4 com lápis de cera quase às escuras. Há uma rapariga a passar diplomas aos meninos que pintam dinossauros, que tem que ficar com os olhos a 5cm do papel para poder ver o que escreve.

Foi decepcionante, desconfortável e frustrante. A exposição é antiga, datada e está muito estragada. Absolutamente desaconselhável. Um casal com um filho larga 22€ para ver esta exposição, que corre o país e que já deu certamente muito dinheiro a ganhar aos organizadores (afinal são duas empresas), de forma fraudulenta, com o convénio de instituições públicas que se orçamentam com dinheiro de todos os portugueses que pagam impostos.